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Prevenção e segurança na prática de esportes equestres
Prática que vem ganhando cada vez mais adeptos no Brasil, as atividades equestres fazem parte do calendário olímpico e também são bastante praticadas em várias regiões brasileiras, em modalidades como pólo, salto, volteio e enduro equestre, com uma programação de eventos crescente.
Em muitas regiões acontecem as cavalgadas com finalidades culturais, religiosas e turísticas. A oferta de pacotes com passeios à cavalo, vivências da prática e modalidades equestres tem atraído um público cada vez maior em, hotéis, fazendas, clubes e escolas de equitação do país.
Em São Paulo, muita gente deixa a cidade em direção aos centros eqüestres espalhados pela região, muitos a 100 Km da capital.
Estima-se que sejam necessários de dois a seis meses para dominar a equitação com segurança, o que inclui: trotar, galopar e conduzir o cavalo. Com benefícios comprovados, inclusive terapêuticos, montar à cavalo requer conhecimento, muito cuidado e atenção, pois as quedas e acidentes podem ter graves conseqüências.
Atividade terapêutica
Há também a equoterapia, método terapêutico que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação, para o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com necessidades especiais. A atividade contribui para o desenvolvimento da força muscular, relaxamento, conscientização corporal, aperfeiçoamento da coordenação motora e equilíbrio.
A interação com o cavalo, como os primeiros contatos, os cuidados, o ato de montar e o manuseio desenvolvem também, novas formas de socialização, autoconfiança e auto estima.
A equoterapia é reconhecida pelos seguintes órgãos:
· Conselho Federal de Medicina (6 Abr 97)
· Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (27 Mar 08)
· Secretaria de Educação do Distrito Federal
Cavalgadas com Segurança
Orientação preventiva do Dr. Fabio Ravaglia
Dr. Fabio Ravaglia, ortopedista, apreciador e praticante de atividades eqüestres orienta para o cuidado que se deve ter ao cavalgar. Para isso, apresenta dicas de prevenção de acidentes sob o selo Cavalgadas com Segurança, do projeto IOS – Instituto Ortopedia e Saúde – com o objetivo de alertar os praticantes, iniciantes ou não, sobre os riscos de fraturas e lesões mais comuns neste esporte.
No Mundo
Anualmente 30 milhões de americanos montam a cavalo. Entretanto mais de 2300 cavaleiros de idade inferior a 25 anos são hospitalizados anualmente devido aos acidentes e quedas ocorridos nas cavalgadas. As atividades como cross country e salto são potencialmente de risco devido ao porte do cavalo (peso: 800kg; altura até 3 metros e velocidade de até 48 km/h. A maior parte dos acidentes resultam de queda do cavalo que podem ser acidentes leves a graves.
A taxa de lesões nas atividades equestres é de 1 a cada 350 horas de exercício ao passo que a de motocicleta é de 1 para cada 7.000 horas de passeio.
Os acidentes são vários e podem ocorrer ao cavalgar e até mesmo no estábulo, no cuidado com os animais. Isto se deve, geralmente à distúrbios de comportamento dos eqüinos, como a agressividade, conseqüência de manejo inadequado, estresse, deficiência nutricional, entre outros fatores. No estábulo, ao apresentar estes distúrbios, eles agem como agiriam os cavalos selvagens, em grandes áreas, por auto-defesa.
Lesões Ortopédicas no Hipismo e em Rodeio
No hipismo as lesões dos membros superiores – punhos, cotovelos e ombros – são as mais comuns. Lesões nos membros inferiores – joelho, pernas, tornozelos e pé – são mais freqüentes em rodeios.
As lesões mais freqüentes no geral são assaduras de contato, hematomas, torções, distensões musculares que afetam as chamadas partes moles (pele, ligamentos, tendões e músculos. Lesões moderadas geralmente incluem fraturas, luxações e concussões. Lesões graves geralmente estão ligadas a trauma encefálicos e vertebrais. Daí a importância de uso do capacete.
O capacete deve ser utilizado sempre que o cavaleiro estiver montado, bem ajustado e com, a cinta presa. Se houver um impacto ele deve ser trocado.
Visando a segurança de cavaleiros e amazonas, a Federação Eqüestre Internacional iniciou uma campanha para proteção do atleta, com apoio da Confederação Brasileira de Hipismo para implementar o uso do capacete protetor com fixação, para todos que estiverem montando um cavalo no recinto de competição. Foi redigido um novo texto para o Art. 427, do regulamento daquela Federação, que entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013.