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jun
Tétano em Cavalos
O Tétano caracteriza-se pelo aparecimento de espasmos musculares tônicos e hiperexcitabilidade reflexa e é causado por toxinas derivadas da bactéria Clostridium tetani.
O Tétano caracteriza-se pelo aparecimento de espasmos musculares tônicos e hiperexcitabilidade reflexa e é causado por toxinas derivadas da bactéria Clostridium tetani, que atinge tanto o homem como animais domésticos, sendo o cavalo o mais sensível a infecção.
A infecção se transmite geralmente através de contaminação por feridas acidentais ou oriundas de cirurgias, também pode ser pela terra ou pelo esterco. Se o animal tiver feridas perfurantes o cuidado deve ser redobrado, já que estas têm maior facilidade de contaminação e desenvolvimento do agente, por promoverem maior anaerobiose. Nos potros, a infecção pode ser umbilical, onde o esporo germinará e o bacilo irá se multiplicar, liberando as seguintes toxinas:
Tetanopasmina: responsável pelo desencadeamento da sintomatologia nervosa, e se espalha por todo o corpo e sistema nervoso central, através do sangue e migração axonal.
Tetanolisina: hemolisina que promove a evolução da infecção, aumentando a área necrótica e, consequentemente favorecendo a condição anaeróbica ideal para proliferação da bactéria.
A doença fica incubada de sete a quatorze dias, e em alguns casos chegando há um mês, porém quanto mais próxima for a ferida do sistema nervoso central do cavalo, serão mais agressivos os períodos de incubação e os sinais clínicos.
O cavalo começará a apresentar alguns sinais, chamados sinais clínicos, de que está acometido da doença, como mastigação fraca e deglutição lenta e difícil, certa rigidez muscular tornando a locomoção hesitante o que em alguns casos pode deixar os movimentos tão lentos que causarão a imobilização total. Pode apresentar também protrusão da 3ª pálpebra, contração frequente dos músculos da face, protusão da membrana nictitante, orelhas em tesoura, as patas abertas e tesas como um cavalete, ficar com as narinas dilatadas, espasmos generalizados, intensa sudorese e respiração dispneica.
Após os primeiros sintomas, nos casos mais agressivos a morte do cavalo ocorrerá de cinco a quinze dias, já nos casos em que a evolução da doença foi mais lenta, esse período pode perdurar até os vinte dias.
Quanto antes os sintomas forem notados e o tratamento iniciar, mais chances terá o animal de sobreviver. Porém o tratamento não é tão simples, nos casos de desidratação do animal, para manter o equilíbrio hidroeletrolítico do corpo, deve-se administrar solução de Ringer, intravenosa. Quando for acidose, deve-se administrar bicarbonato de sódio 5 a 10% para corrigir a acidose metabólica. Nos casos de relaxamento muscular, administra-se benzodiazepínicos, a fim de diminuir a hiperreflexia. Os antibióticos como penicilina G-procaína associada à penicilina benzatina também são úteis para eliminar o foco da infecção, evitando a produção das toxinas. E ainda pode haver a plicação de antoxinas como o soro antitetânico intramuscular ou subcutâneo, e é claro que todos estes tratamentos devem ser prescrevidos e acompanhados por um veterinário, já que como as pessoas, cada animal responde ao tratamento diferentemente.
Existe, portanto a possibilidade de cura, porém ela é lenta, ultrapassando quinze dias.
Você pode evitar que seu cavalo contraia esta infecção se vaciná-lo anualmente, utilizar soro antitetânico sempre que o animal se ferir, evitar que feridas abertas entrem em contato com a terra ou sujeiras e sempre desinfetá-las.
Cuidado da saúde de seu cavalo, você está garantindo para si mesmo mais tempo ao lado deste grande companheiro.
Fonte: Cavalos do Sul